domingo, 5 de março de 2017

2017 - Cultura não congela!

2017, chegou!
Trouxe com ele o calor, alegria e esperança que todo ano novo traz!
Trouxe também um certo medo, medo novo, como em qualquer ano novo!

2017, chegou!
E já chegou cheio de tintas!
E nas tintas muitas cores?
Que nada!
Tinta cinza!
Tinta cinza escura!
Tinta que apaga!
Tinta que não fala!
Tinta que esconde a palavra!
Tinta que não se mostra e nem se deixa mostrar!

2017, chegou!
Mal chegou e já apagaram tudo
Mal chegou e já pintaram tudo de cinza
Mal chegou e já deixou no muro tristeza e tinta fresca...

2017, chegou!
E nós continuamos passando apressados  pelas ruas da cidade
E nós ainda não sabemos o que é mais inteligente o livro ou a sabedoria?

2017, chegou!
Chegou também frio!
Muito Frio!
Ou melhor dizendo, CONGELADO!

CONGELANDO...
43,5%
Da cultura!

Da cidade de São Paulo!
De conquista HISTÓRICA!
Dos artistas!
De toda a população da cidade! 
De Programa VAI I e VAI II!
De Programa Vocacional!
De Fomento à Dança, ao Teatro, das Periferias ao Circo!
De Piá!
De EMIA!
De Jovem Monitor Cultural!
De ARTE!!

2017, chegou!
Nos dando força!
Nos unindo!
Nos entendendo!
Nos mostrando MAIS UMA VEZ que 
CULTURA NÃO CONGELA!!!
CULTURA NÃO APAGA!
HISTÓRIA NA SE APAGA!

2017, chegou!!
E só nesses 2 únicos meses desse ano já chegou trazendo vários pensamentos...
E até algumas utopias...
Mas como bem diria o saudoso Eduardo Galeano...
“A utopia serve para que não se deixe de caminhar”

Então minha gente, bora transformar essas “utopias”, ou não,  TUDO em uma caminhada...
Por que afinal de contas... 2017, chegou!

Gabi Zanola

sábado, 13 de agosto de 2016

Agenda Agosto e Setembro

Quer assistir uma apresentação da Trupe? Olha a nossa agenda!

SESC Catanduva - Dia 14/08 - Horário 10h30
Espetáculo - É mesmo uma Palhaçada

XII Festival Nacional de Teatro de Limeira 2016
Dia 20/ago - Horário: 10h00
Espetáculo - Refugo Urbano

Sesc Araraquara - Dia 21/Ago - 11h30
Espetáculo - Refugo Urbano

SESC Araraquara - Dia 22/08 - 11h30
Espetáculo - É mesmo uma Palhaçada

SÃO SEBASTIÃO - Dia 27/ago - Horário: 20h00
Espetáculo - É mesmo uma Palhaçada - Circuito Cultural Paulista
Rua da Praia em Frente à Sectur

Virada Sustentável - Unibes Cultural
Dia 28/ago - Horário: 11h00

PRAIA GRANDE - Dia 16/set - Horário: 15h00
Espetáculo - É mesmo uma Palhaçada - Circuito Cultural Paulista
Quadra da E.M. Antonio Peres - Rua João Roberto Correa, 1.077

PROMISSÃO - Dia 23/set - Horário: 20h00
Espetáculo - É mesmo uma Palhaçada - Circuito Cultural Paulista
Anfiteatro Municipal Dr° Mauro Ferreira Grama - Rua Dante Rocchi, s/nº

LENÇÓIS PAULISTA - Dia 24/set - Horário: 20h00
Espetáculo - É mesmo uma Palhaçada - Circuito Cultural Paulista
Cidade do Livro - Rua Pedro Natálio Lorenzetti, 286

BOTUCATU - Dia 25/set - Horário: 16h00
Espetáculo - É mesmo uma Palhaçada - Circuito Cultural Paulista
Teatro Municipal Camillo Fernandez Dinucci
Praça Coronel Moura, 27

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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Obrigado, obrigado e muuuuito obrigado!

Chegamos ao fim da nossa temporada no CCSP.
Foram dias lindos e recheados de aprendizagem.
Dizer obrigado nunca será o suficiente para agradecer todo o carinho que recebemos nessa temporada de estréia do nosso Refugo Urbano, mas ainda assim, é o que faremos agora...
A nossa eterna gratidão:
Suzana Aragão , pelo olhar que nos direcionou para esse espetáculo e pelo caminho partilhado até aqui.
Nereu Afonso, pela Dramaturgia impecável e pelo olhar generoso à todas as histórias com que te enchemos os ouvidos.
Bira Nogueira, mestre de notório saber, pelas mil soluções e traquitanas que concebeu nesse pequeno universo a que chamamos cenário.
André Grynwask, por pôr luz nas idéias. Rafael Rafael Araujo, por encher de luz diariamente toda essa casa.
Rani Guerra, pelas dicas valiosas em manipulação de bonecos e em tudo mais que seus olhos tocaram.
Ronaldo Aguiar, por deixar tudo muito méééélhor.
Celio Collela, por fazer com que nossas idéias pudessem ser ouvidas para além de nossas mentes.
Luciana Gandelini, sem palavras, diva absoluta, o Midas da acessoria de imprensa.
Sebastián Curti, o que dizer, além de que você é um anjo perdido aqui na terra?!
Vinicius Ramos, pra sempre nosso, mesmo quando tentamos te dirigir.
As famílias Pereira, Ribeiro e Zanola, Paloma Rocha, 
Galpão do Folias, Carlos Francisco, Cia. Mevitevendo, Val Pires, Grupo Esparrama, Patricia Higa, Jessica Tabanella, Julio Leão, Bete Peixoto, Lizette Negreiros e toda a maravilhosa equipe do Centro Cultural São Paulo... Vocês nos ajudaram, e muito, a pavimentar esse caminho.
Ao público, sem vocês nada disso teria tanto valor. Obrigado, pelo carinho, pelas risadas e lágrimas partilhadas. Podem virrrr sempre que quiserem. Venham sempre!!!!
Obrigado, obrigado e obrigado!!!


Trupe DuNavô 
(Gabi Zanola, Gislaine Pereira e Renato Ribeiro)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Livro



São Paulo, 18 de Setembro de 2013.

Testar, ir para a rua, carregar, caminhar, andar...


Encontro com o Sr. Manoel – desenhar o amor da sua vida e esperar que ele apareça. Isso é recolher um sonho? Recolher é colher de novo? Ou é recolocar as coisas no lugar onde elas deveriam estar desde sempre?

O que é recolher?

Recolhedores... Livro de recordações!
Eu preciso guardar o que é importante. E o que é importante pro palhaço? Pode-se subverter a lógica dos outros e a sua própria.
Algo que precisamos contar, revelar, tornar público o que é privado. As informações vão sumir, então precisamos guardar! O que recolheremos? As importâncias que damos as coisas que não importam a mais ninguém! Ir para a rua com um livro de registros! Registrar a vida que passa por nós! Registrar o que as pessoas consideram importante, o que elas não querem que se perca nas lembranças... E registrar segundo nossa própria lógica! O que nos importa daquilo que importa pra elas? É esse o registro que faremos!





quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A teoria!!

São Paulo, 12 de setembro de 2013

Passagens – De onde eu vim e para onde vou? Chegadas e partidas! O que é o passaporte? Já é algo do ser estrangeiro...


Falamos um pouco do documentário sobre Marina Abramovic (O artista está presente). Ali tudo é encenado. A vida dela é encenada! Ela escolheu ter uma vida de representação. Há uma cisão entre a representação e atuação! Ela é uma persona que vive a sua representação, que escolheu viver a sua arte em tempo integral. Até mesmo no momento em que ela está doente, no documentário, tudo é representado – a roupa de cama, o modo de lidar com a sua própria dor... Atua o tempo todo!

Lemos: “CORPO CÊNICO, ESTADO CÊNICO” de Eleonora Fabião; “Ser fiel àquilo de que somos feitos. E de que somos feitos? O horizonte: uma linha de céu e de terra. O corpo: um horizonte vertical. Corpos: horizontes tocáveis. Céu e terra: partes do corpo.”

Estética relacional – Aqui há um ponto bem importante para discutirmos sobre o trabalho que fazemos nas ruas de SP... Como é se encontrar com as pessoas? Como se aproximar? Como é a recepção?  Para que não seja algo banal – cotidiano demais... Os dispositivos para abordagem é que devem ser pensados! O que pode ativar a memória das pessoas? Como? De quantas maneiras é possível? Quais sentidos podem servir como ponte de acesso? Afinal como é que eu registro um cheiro?

Mostrar imagens que provoquem memórias... Provocar uma sensação para depois elaborar o pensamento sobre a sensação! Será esse o caminho? Como pode ser a memória do momento presente? Como se registra a memória do espaço? E a que nos servem essas memórias? Como palhaços, como grupo, como pesquisa...? Porque é que a memória nos chama agora? O que a memória tem a ver com o palhaço?

De onde vem o carisma? É o prazer de estar aqui! – (Angela de Castro)

Quando não estamos falando com as pessoas, acabamos provocando um outro olhar sobre o palhaço. Há consciência do estado do “corpo” na rua, mesmo quando não abordamos as pessoas... Há uma ação sendo feita! Algo provoca as pessoas a se movimentar. Provocação a partir do espaço!

Qual a diferença entre performance e atuação? Pensemos!

Referências para entender o que é performance: Yves Klein (performer), Dramaturgia surrealista, Grupo Fluxus, “Brigadeiro de Colher” – Inhê Maria (grupo)


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Documentário Marina Abramovic


São Paulo, 11 de Setembro de 2013
Fizemos no dia 11/09 uma sessão filme e pipoca (tudo bem que só ficamos com o filme, e nada de pipoca) e o filme do dia foi o documentário do ano de 2010 da performer “Marina Abramovic -  Artista presente” um documentário proposto pela mestra Suzana Aragão, para nos alimentar na criação do nosso espetáculo/intervenção, com o Programa VAI 2013 dentro do Projeto “Trupe DuNavô descortina a rua”.

Esse documentário conta um pouco da carreira da artista e mostra trechos da performance “Artista Presente” onde Marina Abramovic permaneceu sentada, imóvel e em silêncio, sete horas por dia, seis dias por semana, totalizando 736 horas, em uma das performances com maior duração da história da arte. O visitante pegava uma senha para estar por alguns minutos diante dela. Praticamente imóvel, a artista fitava profundamente o estranho. A troca de emoções, apenas pelo o olhar, contagiava quem passava por perto, em momentos únicos capitados intimamente pelas câmeras. Lindos momentos onde se pôde ver pessoas de todos os tipos, raças, idades e crenças sentados ali, apenas trocando olhares.


Mas o que tem a ver palhaço com uma exposição no Museu de Arte Moderna (MOMA) Nova York? Pois é... Era isso que nos perguntávamos também ao assistir o documentário! Mas ai fomos nos apegando principalmente na obra que dá título ao documentário “Artista presente”, onde conseguimos relacionar muitas coisas com o nosso trabalho, começando pelo local onde ela estava: Nova York - uma cidade onde se corre 24h por dia, são turistas de todos os lados, 5º, 6º, 7º, centenas de avenidas, tudo corre, nada para, e ai vem uma artista e propõe essa quebra na rotina, esse olhar para si, esse silêncio no meio do corre- corre, essa parada para descortinar um outro lugar em si.
Bingo!! Chegamos onde queríamos! Nós nas ruas (embora com BEEEEM menos experiência que ela) procuramos também fazer essa quebra na rotina dos centros comerciais, procuramos encontrar, trocar, cantar e escutar pessoas. Esse documentário nos trouxe várias ideias e estímulos para irmos as ruas do centro comercial, com um novo olhar para ele e para as pessoas que nele estão!

Obrigada pela BRILHANTE contribuição, Senhora Marina Abramovic!

Veja: Trecho do documentário http://www.youtube.com/watch?v=OS0Tg0IjCp4

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Desculpe, agora não, estou ocupado!


São Paulo, 15 de agosto de 2013 – Santa Cecilia

Fazia frio, MUITO frio, mas lá partimos nós muito bem agasalhados para as ruas da Santa Cecilia, para mais um dia de intervenção do projeto do Programa VAI: “Trupe DuNavô descortina a rua!”
E a proposta dada pela mestra Suzana Aragão foi ir para a rua com palhaços  blazes”. Como seria isso? Essa figura que, normalmente, joga com o que as pessoas dão para ele na rua, que sempre tem uma carta na manga para subverter um pensamento lógico, que está sempre “disponível” para o respeitável público... Naquele dia não pode dar atenção a ninguém, não tinha tempo, estava resolvendo assuntos muito mais sérios e importantes, não podia simplesmente tocar uma música ou então acenar em resposta a um cumprimento vindo do outro lado da rua!

Pois é... Assim fomos para a rua, e não podíamos falar com ninguém, essa era a regra da brincadeira! Ouvíamos ao longe: “Ei palhaço, tudo bom?” e nós muito sérios respondíamos: “Não posso falar com você agora, estou muito ocupado, me desculpe”.

Foi curiosa essa relação criada, pois em nosso dia a dia todos estão acostumados a ignorar as pessoas e sempre dizer não! “Agora não posso! Agora não quero!” Mas quando alguém recebe um NÃO de um palhaço, imediatamente se coloca em um outro lugar, ela fica num estado de curiosidade latente, é como se dentro dela algo dissesse: “Mas espera ai... porque eles não querem falar comigo?” E ai ela começa a observar para entender o que esses palhaços estão fazendo de tão importante que não podem responder ao seu aceno de “oi”.

Foi assim que começamos a descortinar a rua e as pessoas que nela passam! As pessoas param de fazer o que estão fazendo no momento para ver o que  três figuras tão ocupadas estão fazendo de TÃO importante... E em alguns momentos até se formou uma plateia, pois as pessoas paravam para entender o que estávamos discutindo, e eis que ai veio a surpresa: nos descobrimos exímios pensadores dos pensamentos mais bobos, e entre nós três discutimos os mais diversos assuntos, desde a gravidade do planeta Terra até a terrível questão: “o avião tem asa e voa, a galinha tem asa e não voa por que?”


Foi interessante perceber a reação das pessoas ao verem três palhaços, ali enfurnados em “seu mundinho”, discutindo coisas que para elas não fazia o menor sentido.


Ideias... e mais ideias...